O preço da desistência de Aécio
“QUEM QUER UM BOM DIA DIGA EU” – GANHA UMA BANANA MALA DE SERRA, O PÓ DE AÉCIO E O “AVISO” DE ARRUDA EXTERMINADOR DO FUTURO
Laerte Braga Quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
O governador de São Paulo José Jânio Serra movimentou toda a sua equipe de propaganda, com dinheiro público evidente, convidou a senadora do DEM Kátia Abreu, envolvida em desvio de verbas para o fomento da agricultura em proveito próprio (sua campanha política) e rumou para Copenhague, onde num roteiro previamente traçado posou de autoridade, de especialista no assunto e encontrou-se com o governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger .
Serra e o ator, conhecido pelo seu desempenho em O EXTERMINADOR DO FUTURO, afirmaram que a conferência de Copenhague “já é um sucesso”. Contrariam a opinião de milhões de pessoas em todo o mundo que já assinaram petição cobrando atitudes dos governantes das chamadas nações ricas e consideram Copenhague um mero embuste para ganhar tempo.
Serra é candidato a presidente do Brasil, está envolvido em grossa corrupção, chantagem (como autor e vítima), e o californiano administra um estado falido que tenta, desesperadamente, arranjar algum, em meio à crise, com o presidente Barack Obama.
A viagem de José Jânio Serra foi precedida de algumas “providências” para por fim à disputa pela indicação presidencial em seu partido, entre elas a de deixar uma recheada mala de dinheiro para a cobertura de sua presença em Copenhague na edição de terça-feira, dia 15, no JORNAL NACIONAL. O noticiário sobre a conferência deu maior destaque ao governador paulista (lógico, tudo pago) que ao encontro em si e a governantes de países como a China, a Rússia, etc, etc.
Uma das “providências” tomadas pelo governador paulista foi fechar o cerco ao governador de Minas Aécio Pirlimpimpim Neves, seu rival dentro da quadrilha PSDB na disputa pela indicação para 2010. A ofensiva começou com a nota plantada na coluna do jornalista Juca Kfoury (parceiro de Serra nos jogos do Palmeiras), relatando um fato e sugerindo que Aécio usa cocaína (já havia sugerido antes, quando o Mineirão cantou em coro em 2008: “Ô, Maradona, por que parou? Parou por quê? O Aecinho cheira mais do que você”).
O mineiro foi advertido que, se continuasse a peitar o paulista dentro do PSDB, outras notas e alguns escândalos viriam à tona, colocando-o em situação insustentável, motivo pelo qual deveria contentar-se com uma candidatura ao Senado. Aécio, que mora Rio e governa Minas, vai tentar e conseguir, lógico, exceto por um grande acidente de percurso, eleger-se senador.
Quando tudo parecia resolvido, Aécio afastado de cena, eis que surge o governador de Brasília, José Roberto Arruda, corrupto de carteirinha, parceiro de FHC no processo de privatizações, beneficiário de “contribuições” várias, todas devidamente agradecidas em oração, e que, até o fato, era o favorito para ser o vice do tucano paulista.
Arruda mandou um recado curto e grosso. Se a GLOBO e todo o esquema do grupo, VEJA, FOLHA e outros mais continuassem a bater duro iria abrir o bico, e aí não iria sobrar nem pena de tucano e nem terra grilada ou roubada de DEM. Vai tudo para o espaço.
Sem poder torcer o pescoço de Arruda, até porque o governador de Brasília disse na última visita de Serra à capital que “copia as boas ações de Serra”, e Serra respondeu que “o que é bom é para ser copiado”, engoliu em seco, entrou em contato com o homem do “quem quer bom dia diga eu” e, ao invés de poder escolher a gravata do moço, o telespectador ganha uma banana. O noticiário sobre a roubalheira em Brasília vai para um cantinho qualquer, poucos segundos. Na edição de hoje do jornal O GLOBO, versão brasileira do THE GLOBE, já está nas páginas de dentro, do fundo. A idéia é ganhar tempo, é ganhar tempo e permitir que os “abóboras” que Bonner chama de Homer Simpson se esqueçam
de Arruda e enxerguem em Serra um novo Arnold Schwarzenegger.
Mais ou menos como aquele negócio do cara gordo não andar com o cara magro para não parecer tão gordo, ou a feia com a bonita, para não parecer tão feia. No caso de Serra, questão de exterminar qualquer possibilidade de futuro para o Brasil caso venha a ser o próximo presidente.
A ida da senadora Kátia Abreu, com dinheiro público, para discutir proteção ambiental do planeta (imagine ela, ladra, latifundiária, escravagista) tem o objetivo de encontrar uma saída que permita torcer o pescoço de José Roberto Arruda, por fim à chantagem do governador de Brasília e seguir impávido financiado pelas grandes máfias brasileiras e internacionais, rumo ao Planalto.
Se, neste momento, deixou Aécio diante do dilema de enfrentar ou não a sua realidade, por outro lado, foi obrigado a engolir o veneno de José Roberto Arruda, pelo menos até achar uma saída.
Como ali, entre tucanos e DEM, vale tudo, o feio é perder, e a grande mídia está aí é para isso mesmo, ávida para faturar um extra, ainda mais no mês do Natal e para o reveillon, não foi tão difícil assim a Serra encontrar um ponto para atravessar essa ponte complicada nessa hora.
O mais caro dessa operação é mesmo a GLOBO. Na BANDEIRANTES o governador paulista está acostumado a chegar e dar berros com quem o desafia, demitir, colocar os donos de joelho no beija mão.
FOLHA, VEJA, etc, não têm tanto problema assim, não são tão caras como a GLOBO e além do mais são paulistas, integram a máfia FIESP/DASLU.
A notícia que Aécio Pirlimpimpim tirou o time de campo começou a circular ontem, embora a assessoria do governador mineiro esteja procurando um jeito de dar o troco e tentar recuperar pelo menos o pé nesse jogo sórdido de tucanos e DEMocratas, tudo pela chave do cofre e o direito de transformar o BRASIL em BRAZIL.
O próximo passo de José Jânio Serra é promover um grande encontro dos chefes mafiosos tucanos e DEMocratas e apelar a Aécio para entender que não é nada pessoal, que tudo “são negócios”, para evitar que o mineiro faça corpo mole no segundo colégio eleitoral do País, Minas Gerais. Isso seria ruim, pode vir a ser desastroso para Serra.
Deve levar um bolo gigante para o encontro, e de dentro do bolo deve sair a miss qualquer coisa, ou o arcebispo de Mariana (que não admite que se fale de Aécio), e presentear o governador de Minas com a cobertura especial do dito bolo, um pó mágico que tanto pode levar a uma viagem para a vicepresidência, ou a promessas de galáxias nunca dantes vistas, nem mesmo pelo Hublle.
Vai depender de Aécio aceitar ficar de quatro ou não, isso depende do quanto, dinheiro e pó mágico; enfim, o Brasil está diante da ameaça de chantagistas travestidos de políticos; e nesse poleiro Serra é especialista. Tem prática nessa história de dossiê (o de Roseana Sarney, custou 250 milhões de dólares do BNDES para a GLOBO a fundo perdido), ou aquele às vésperas das eleições de 2006, quando a GLOBO ignorou o fato jornalístico principal, um acidente aéreo com um avião da companhia GOL e mais de cento e cinquenta mortos, para mostrar um dossiê fajuto contra Lula.
Serra extermina qualquer possibilidade de futuro para o Brasil e os brasileiros. Até pelo próprio nome.
Chega a ser tamanho o seu mau caráter e a sua absoluta falta de princípios que não os que signifiquem ganhos, lucros, pior que FHC.
Semana passada morreu Jamil Haddad. Foi ministro da Saúde do governo Itamar Franco, responsável pela lei que criou os medicamentos genéricos e pela implantação do programa no Brasil. Sem qualquer vestígio de respeito pelo que quer que seja, exceto seus interesses, sem nenhuma dignidade, ou laivo de caráter positivo, José Serra apropriou-se da lei, do projeto, tudo com fins eleitorais. Pode existir um canalha igual na política brasileira hoje, existem muitos, mas nenhum maior que ele.
A decisão em 2010 vai ser entre permanecer BRASIL, ou virar BRAZIL. Obama pode até não ajudar o governador da Califórnia, mas vai jogar uma grana pesada para eleger Serra.
Laerte Braga, jornalista, colabora com esta nossa.
Agência Assaz Atroz
Deve levar um bolo gigante para o encontro, e de dentro do bolo deve sair a miss qualquer coisa, ou o arcebispo de Mariana (que não admite que se fale de Aécio), e presentear o governador de Minas com a cobertura especial do dito bolo, um pó mágico que tanto pode levar a uma viagem para a vicepresidência, ou a promessas de galáxias nunca dantes vistas, nem mesmo pelo Hublle.
Vai depender de Aécio aceitar ficar de quatro ou não, isso depende do quanto, dinheiro e pó mágico; enfim, o Brasil está diante da ameaça de chantagistas travestidos de políticos; e nesse poleiro Serra é especialista. Tem prática nessa história de dossiê (o de Roseana Sarney, custou 250 milhões de dólares do BNDES para a GLOBO a fundo perdido), ou aquele às vésperas das eleições de 2006, quando a GLOBO ignorou o fato jornalístico principal, um acidente aéreo com um avião da companhia GOL e mais de cento e cinquenta mortos, para mostrar um dossiê fajuto contra Lula.
Serra extermina qualquer possibilidade de futuro para o Brasil e os brasileiros. Até pelo próprio nome.
Chega a ser tamanho o seu mau caráter e a sua absoluta falta de princípios que não os que signifiquem ganhos, lucros, pior que FHC.
Semana passada morreu Jamil Haddad. Foi ministro da Saúde do governo Itamar Franco, responsável pela lei que criou os medicamentos genéricos e pela implantação do programa no Brasil. Sem qualquer vestígio de respeito pelo que quer que seja, exceto seus interesses, sem nenhuma dignidade, ou laivo de caráter positivo, José Serra apropriou-se da lei, do projeto, tudo com fins eleitorais. Pode existir um canalha igual na política brasileira hoje, existem muitos, mas nenhum maior que ele.
A decisão em 2010 vai ser entre permanecer BRASIL, ou virar BRAZIL. Obama pode até não ajudar o governador da Califórnia, mas vai jogar uma grana pesada para eleger Serra.
Laerte Braga, jornalista, colabora com esta nossa.
Agência Assaz Atroz