Governo derrotado nas eleições no ES
Eleições do Sindsaudeprev-ES tiveram a marca da solidariedade de classe
As eleições para a diretoria do Sindsaudeprev-ES – o primeiro sindicato unificado da Seguridade Social da base da FENASPS – realizadas nos dias 6, 7 e 8 de março de 2012, foram um marco no enfrentamento ao governismo sindical. Os trabalhadores do Espírito Santo resistiram a todo tipo de ataque feito pela CUT/PT e os patrões.
Com firmeza, enfrentaram as ações espúrias da chapa Governista, que utilizaram todo tipo de instrumento, além da máquina dos governos Federal, Estadual e das prefeituras municipais. A oposição governista usou ainda como ação coadjuvante as intervenções do poder judiciário, em nível Federal e Estadual, que nomeou um perito judicial para conduzir o processo que bloqueou as contas do sindicato.
Durante o processo eleitoral, a oposição cutista lançou mão de várias ações e táticas de guerra para impedir o voto de setores que estavam potencialmente apoiando a chapa 1: tentativas de aliciar militantes, e intimidação aos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes de Combate a Endemias (ACE) com ameaças de demissão.
No entanto, não surtiram os efeitos esperados pelo governo/CUT/PT: o resultado das urnas comprovou que a maioria reconheceu o trabalho da direção do Sindicato, e renovou o voto de confiança.
Para evitar um golpe sem precedentes no processo democrático, já que a CUT queria impedir o voto de aproximadamente três mil ACS e ACE, as eleições para a diretoria do Sindsaudeprev-ES, que seriam realizadas em dezembro de 2011, foram transferidas para março deste ano.
Solidariedade de classe
Em todas as fases deste processo eleitoral, a solidariedade de classe foi fundamental para superar as ações do Estado e da Justiça, que agiram bloqueando por mais de trinta dias as contas dos sindicatos no BANESTES – Banco do Estado do Espírito Santo, e no Banco do Brasil.
Os Sindicatos da Esquerda, principalmente os filiados à FENASPS, demonstraram na prática a solidariedade de classe e possível superar todos os obstáculos e derrotar a nova forma de gangsterismo representando hoje pela CUT e o PT/Aliados, que tentam assumir “na marra” a direção dos sindicatos da esquerda, principalmente nos estados onde o PT governa.
Os militantes dos sindicatos da Seguridade Social dos Estados dos Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, e as oposições da Bahia, do Distrito Federal e do Rio de Janeiro, juntos do Espírito Santo enviaram mais de 150 militantes, para garantir as eleições.
Papel da Militância
Os militantes deram efetiva contribuição ao processo eleitoral, seja na coleta de votos, seja na segurança das urnas, seja diretamente na campanha e principalmente na ajuda material para viabilizar o pleito, que foi seriamente ameaçado pela intervenção do estado e da Justiça. Enfim, todos deram sua contribuição para consolidar esta Vitória, sem trocadilho com o nome da capital capixaba.
Os membros da chapa sofreram grandes ataques, resistiram ao assédio, deram demonstração que estão prontos para ser a nova direção. Pela determinação e ousadia em lutar contra o poder do Estado, todos estão de parabéns.
Alguns fatos importantes a destacar: mesmo com o governismo sindical contratando um exército, estima-se que estiveram trabalhando e apoiando a chapa governista no Estado – sejam apoiadores nas instituições Federal, Estadual e nos municípios ou contratados – aproximamente mil militantes a serviço deles.
INTIMIDAÇÃO AMEAÇAS E TENTATIVAS DE SEQUESTRO DE URNA
Em diversas frentes, homens armados a serviço da CUT/PT, sem nenhum pudor, tentavam intimidar nossa militância numa das ações queriam impedir o voto dos eleitores. Por exemplo, na urna 28, localizada na região metropolitana de Vitória, quatro indivíduos armados tentaram impedir o voto de 35 ACS.
Houve até tentativa de sequestro de uma urna com 320 votos que coletou os votos do Hospital Dório Silva, com direito a uma perseguição ao carro que transportava a urna 12, por mais de 25 minutos, da saída do hospital na cidade de Serra, na região metropolitana de Vitória, até a sede do sindicato, no centro da capital.
Como havia um carro de apoio a segurança da Urna, outro veiculo com militantes da CUT e (outro não identificado sem a placa) tentou por diversas vezes no trajeto, colidir com o carro onde estavam quatro militantes da Chapa 1, dentre eles dois diretores da FENASPS.
Enfim, foi uma vitória da luta, comprovando que os trabalhadores quando se unem podem enfrentar e derrotar o Estado e suas forças conservadoras.
Estão todos de parabéns, valeu a solidariedade, valeu a disputa, valeu acreditarmos que poderemos seguir adiante na luta de classe acreditando na utopia de sonhar e conquistar, da esperança que os novos tempos virão com a luta de homens e mulheres.
Viva a Unidade da classe trabalhadora!
Brasília, 13 de março de 2012
FENASPS