SINTSPREV/MG- Clipping – Servidores públicos Segunda-feira – 08/04/2013
Empresa de serviços hospitalares é questionada por contrato na Universidade de Brasília
Fonte: STF
08/04/2013 – Em Reclamação (Rcl 15522) proposta perante o Supremo Tribunal Federal (STF), com pedido liminar, a Fundação Universidade de Brasília (FUB) alega que houve usurpação de competência da Corte por parte do juízo da 5ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal. Conforme a Fundação, tramita naquele juízo uma ação civil pública na qual se alega a inconstitucionalidade da lei que criou a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH).
De acordo com a reclamação, o Ministério Público Federal (MPF) propôs ação civil pública para anular contrato realizado entre a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares e a FUB, tendo como fundamento a inconstitucionalidade da criação daquela empresa pública. A alegação do MPF refere-se à exigência de lei complementar para a criação da EBSERH, violação da autonomia universitária, violação do direito à saúde, infringência da autonomia universitária, violação à necessidade de concurso público, afronta ao direito à educação ante à possibilidade entre ensino, pesquisa e extensão.
Em 19 de março de 2013, por meio de despacho, o juízo da 5ª Vara Federal determinou a citação da Fundação Universidade de Brasília, o que, conforme a sustenta a FUB, “acarreta o reconhecimento de sua competência para o processamento e julgamento da causa”. Os representantes da Fundação sustentam que a matéria está sob análise do Supremo na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4895, que contém os mesmos fundamentos da ação civil pública.
Também afirmam que o único fundamento para a declaração de nulidade do contrato realizado entre a FUB e a EBSERH levantado na ação civil pública é a inconstitucionalidade da lei que criou a referida empresa pública. Por isso, sustentam a usurpação de competência do Supremo.
“É de se ressaltar que esse colendo Supremo Tribunal Federal, no julgamento das Reclamações 1503 e 1519, se posicionou no sentido de que, quando o pedido deduzido na ação civil pública atingir todo o escopo que inspirou a edição da lei, traduzindo-se em pedido principal da demanda, não há o que se falar em mero efeito incidental”, argumenta a FUB.
Assim, a Fundação pede a concessão da medida liminar para suspender a tramitação da Ação Civil Pública 0012124-78.2013.4.01.3400, perante a 5ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal. No mérito, requer a procedência do pedido declarando-se usurpação de competência do Supremo para analisar a matéria.
A reclamação é de relatoria do ministro Teori Zavascki.
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Fazenda ameaça suspender repasses para Fundo Assistencial de servidores
Fonte: Correio Braziliense
08/04/2013 – Principal financiador da Assefaz, ministério transferiu R$ 30,6 milhões aos cofres da entidade no ano passado. Agora, cobra responsabilidades
A difícil situação financeira em que se encontra a Fundação Assistencial dos Servidores do Ministério da Fazenda (Assefaz) pode levar o principal financiador da entidade, o governo federal, a tomar uma medida extrema: romper o contrato que mantém com o plano de saúde. No ano passado, mesmo tendo recebido R$ 30,6 milhões em repasses diretos da União, o convênio amargou prejuízo de R$ 37,2 milhões. O rombo chamou a atenção do Ministério da Fazenda, que tem dois dos três assentos permanentes no Conselho Fiscal da entidade e participa no Conselho Consultivo. Dentro do governo, teme-se que o rombo nas contas da Assefaz possa vir a comprometer a capacidade da entidade de prestar atendimento adequado a 96,2 mil clientes.
Para evitar que o problema fuja do controle, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, mandou avisar: em caso de descumprimento do convênio, um fiscal designado pela pasta determinará à Assefaz que adote todas as providências necessárias para corrigir as distorções no caixa. “Caso não seja resolvida a pendência”, disse o ministério, em nota, “poderá ocorrer a rescisão do convênio com a operadora”. A pasta destacou ainda que repassou à Assefaz somente o valor per capita de sua responsabilidade, “para custeio da assistência à saúde suplementar dos servidores e seus dependentes, pensionistas e beneficiários da operadora”. E assegurou que o Conselho Consultivo tem competência para destituir integrantes da diretoria Assefaz.
A grave situação pela qual passa a Assefaz é atribuída a seu atual presidente, Hélio Bernardes, que se meteu na política. Em 2012, ele concorreu, pelo PTB goiano, ao cargo de vereador em Anápolis (GO).
Recebeu 784 votos, ou 0,42% do total válido, e obteve a suplência pela coligação Legislativo em Ação. Bernardes pertence aos quadros de analistas tributários da Receita Federal, do qual tem estreita relação com o atual vice-presidente do SindiReceita, Paulo Antenor de Oliveira, que, aliás, também segue carreira política — é o primeiro-suplente do senador Magno Malta (PR-ES).
Descontrole
Bernardes chegou à presidência da Assefaz há seis anos, com a promessa de resolver os problemas deixados por seu antecessor Renato Carreri Palomba, que presidiu a entidade entre 2004 e 2007. Durante o período em que esteve à frente da entidade, Palomba teve como bandeira a modernização da associação. Com esse pretexto, autorizou a contratação de um moderno e caro sistema de gestão de saúde que, na teoria, permitiria à entidade ter “acesso a informações mais detalhadas sobre o uso dos planos médicos e facilitar a tomada de decisões”, como esclarece a exposição para compra da ferramenta.
A entrega do sistema, no entanto, demorou mais do que previsto, o que levou os conselheiros da Assefaz questionarem o porquê de Palomba manter os pagamentos à empresa contratada mesmo sem ela entregasse o prometido sistema de gestão. Ainda em 2007, ele foi reeleito para mais três anos de mandato, mas, diante de diversas críticas, renunciou ao cargo em 8 de julho de 2007, apenas seis meses depois de ter assumido.
Segundo ele, a renúncia ocorreu “por razões pessoais”. Em seu lugar, entrou Bernardes, que, até então, era presidente do Conselho de Administração da entidade. Ao tomar posse, convocou eleições e foi o escolhido para completar o mandato de Palomba. Depois, reelegeu-se em mais dois mandatos.
Histórico
Durante a gestão de Bernardes, houve mudanças nos planos oferecidos pela Assefaz. O total de opções caiu de cerca de 100 para menos de 10, com migração compulsória dos associados. O que era, no entanto, para ser uma boa notícia, tornou-se um problema. Os novos convênios passaram a dar muitas vantagens aos beneficiários, sem que houvesse a contrapartida por meio das mensalidades. “Foi uma ação política, para angariar apoio”, disse um integrante da diretoria da entidade. Além disso, as vantagens atraíram muitos servidores que se mantinham distantes da entidade, agravando os desequilíbrios financeiros.
O mesmo diretor lembrou que os novos beneficiários entraram na Assefaz podendo usufruir totalmente do atendimento, sem carência mínima. Pior que isso, no entanto, foi o fato de a migração compulsória impedir que a Assefaz reajustasse os planos, mesmo que fosse pela inflação. Como consequência, houve uma explosiva alta nos custos operacionais da entidade. “A utilização foi lá para cima”, contou. “Não tem jeito. Quando o cidadão entra em um plano sem carência, vai utilizar bem o serviço, até porque há uma demanda reprimida por exames e consultas”, acrescentou.
Por conta dessa situação, a saúde da Assefaz se agravou, mas não a ponto de reduzir a credibilidade de Bernardes. Em setembro de 2012, ele foi reeleito para a gestão 2013-2015. Teve, à época, 70% dos votos válidos em uma eleição com quatro candidatos. Apesar da vitória esmagadora e do forte apoio político, vem sofrendo um bombardeio interno desde então. Procurado, o presidente da Assefaz se recusou a falar com o Correio.
Para debaixo do tapete
Ainda em setembro do ano passado, auditores fiscais, que integram o quadro de associados da Fundação Assistencial dos Servidores do Ministério da Fazenda (Assefaz), levaram ao secretário da Receita Federal, Carlos Barreto, um dossiê revelando o rombo nas contas da entidade. O assunto foi jogado para debaixo do tapete e, só voltou à ordem do dia com a divulgação do relatório fechado de 2012, mostrando rombo de R$ 37,2 milhões.
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Fundo de Servidores do Incra pede R$ 40 milhões
Fonte: Correio Braziliense
08/04/2013 – Sob intervenção da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) desde o início de 2011, a Fundação Assistencial dos Servidores do Incra (Fassincra) está cobrando R$ 40 milhões do Ministério do Planejamento, comandado por Miriam Belchior. A entidade alega que esses recursos se referem às cotas devidas pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário. O órgão não teria repassado as parcelas das contribuições de seus funcionários que aderiram aos planos de saúde administrados pela fundação. Sem esse dinheiro, o rombo no caixa da Fassincra só aumenta, e as chances de a intervenção da ANS ser suspensa diminuem.
Indagada pelo Correio sobre a real situação financeira da Fassincra, a presidente da entidade, Maria de Jesus Santana, recusou-se a fornecer os deficits registrados em 2012 e nos anos anteriores. Disse apenas que quer receber os R$ 40 milhões que devem ser repassados pelo Planejamento, o que ajudaria a colocar as finanças em dia. Esse valor se refere, segundo ela, a contribuições retidas pelo governo desde 2009, agravando os problemas de caixa do convênio.
A intervenção da ANS na Fassincra ocorreu depois de a entidade mergulhar em uma crise que resultou na falta de pagamento da rede credenciada de saúde. Nem mesmo o reajuste das mensalidades dos convênios no ano passado, de 70%, foi suficiente para pôr a casa em ordem. Com isso, cerca de 20 mil beneficiários, entre eles servidores do Ministério do Desenvolvimento Agrário e seus dependentes, correm o risco de ficarsem atendimento. A ANS informou que a fundação ainda permanecerá sob regime de direção fiscal por prazo indeterminado.
Apesar de culpar o governo pela crise da Fassincra, Maria de Jesus admitiu a entidades sindicais, em 2011, que a fundação foi muito mal administrada nos anos anteriores à sua gestão. Segundo ela, há quatro anos, o Planejamento instituiu uma tabela de repasse de recursos per capita (por servidor), que ficou sem correção até o fim de 2012, embora as despesas tenham aumentado ano a ano. “A atualização dos gastos feita em dezembro último não foi pequena”, afirma Santana
As pressões de sindicalistas e de políticos por ajuda à Fassincra não têm, contudo, dobrado Miriam Belchior, que se recusa, por enquanto, a tapar buraco gerado por má gestão das operadoras. O Planejamento informou ao Correio que, fora os aportes previstos na portaria de dezembro de 2012, “não há previsão de qualquer outro repasse do Tesouro Nacional para entidades de autogestão que operam planos de saúde”.
20 mil – Total de servidores ligados ao convênio que podem ser prejudicados
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PLANOS DE SAÚDE DOS SERVIDORES ESTÃO NO VERMELHO
Com um rombo de R$ 145 milhões, Cassi e Assefaz deixam em alerta a ANS. Segurados devem arcar com o prejuízo. Em crise semelhante, a Geap está sob intervenção
Fonte: Correio Braziliense
08/04/2013 – Convênios médicos de funcionários do Banco do Brasil e do Ministério da Fazenda entram no vermelho e acendem o sinal de alerta da ANS. Há duas semanas, a Geap sofreu intervenção ao pôr em risco o atendimento a 625 mil associados
Após o rombo de R$ 260 milhões em 2012 que levou a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) a intervir, há duas semanas, na Geap — a fundação que administra os planos de saúde de 625 mil servidores públicos federais e dependentes —, pelo menos duas outras grandes operadoras de convênios do funcionalismo estão com sinal de alerta piscando. As contas da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) e da Fundação Assistencial dos Servidores do Ministério da Fazenda (Assefaz) fecharam o ano passado com buracos preocupantes no caixa.
A Cassi, com 855 mil beneficiários, entregou balanço com deficit de R$ 107,6 milhões, depois de cinco anos de superavit. O resultado da Assefaz, que atende 96,3 mil servidores e dependentes, foi proporcionalmente muito pior: a fundação encerrou o ano com rombo de R$ 37,2 milhões, o equivalente a um terço do registrado pela operadora do Banco do Brasil, que tem quase 10 vezes mais usuários atendidos. O último deficit da entidade dos servidores da Fazenda, de R$ 15,2 milhões, havia sido registrado em 2008.
As duas empresas em questão, além da Geap, fazem parte do grupo de operadoras de autogestão, sem fins lucrativos, administradas por representantes dos próprios beneficiários. São mantidas com recursos repassados pelo empregador e por meio das mensalidades pagas pelos funcionários. A maioria dessas 214 operadoras em funcionamento no Brasil é composta de servidores e trabalhadores de empresas com capital público.
Para cobrir os buracos de 2012, a Cassi e a Assefaz recorreram às reservas técnicas, ou seja, ao que conseguiram poupar nos últimos anos. Significa que, por enquanto, elas têm condições de honrar os compromissos com o atendimento médico dos beneficiários. Para não chegar, porém, à situação dramática de falta de dinheiro em caixa, a conta será, de imediato, repartida entre os associados. Este ano, o reajuste das mensalidades das duas operadoras será bem acima da média esperada, de 8% a 10%, para o mercado em geral.
O aumento tentará evitar rombo ainda maiores e, consequentemente, a intervenção da ANS por problemas técnico-financeiros — o chamado regime de direção fiscal, em que um profissional indicado pelo órgão regulador passa a acompanhar a gestão da empresa. A medida é adotada pela agência quando são detectadas “anormalidades econômico-financeiras e administrativas graves, que coloquem em risco a continuidade do atendimento à saúde”. Quase sempre, trata-se de problemas na administração dos recursos dos participantes.
Preocupação
Tanto a Cassi quanto a Assefaz atribuem os maus resultados de 2012 ao aumento das despesas com atendimento médico-hospitalar dos beneficiários, para atender recomendações da ANS, de ampliação das coberturas. Culpam, ainda, a remodelagem de planos, também por ordem do órgão regulador, o que teria impactado negativamente as receitas. A agência, no entanto, sempre fixa prazo elástico, algumas vezes prorrogado, para que o mercado se adapte às mudanças da legislação, antes que novas regras entrem em vigor.
O fato é que somente após o deficit bater à porta, as duas operadoras tomaram a iniciativa de reduzir custos administrativos. Dados do balanço da Assefaz mostram que a entidade gastou, em 2012, R$ 79,1 milhões com funcionários, sistemas informatizados e manutenção de unidades de atendimentos espalhadas pelo país.
O total equivale a 19% das receitas, índice considerado elevado por especialistas. No mesmo período, a Cassi comprometeu, com despesas administrativas, 9,4% do arrecadado. Fundações bem administradas trabalham com taxas em torno de 7%. A instituição dos funcionários do Banco do Brasil começou a cortar gastos ao longo de 2012. A Assefaz adotou medidas de contenção somente em dezembro, aplicadas a partir de janeiro deste ano. Procuradas pelo Correio, Cassi e Assefaz não quiseram se pronunciar oficialmente.
Uso político
Técnicos do governo que acompanham de perto o caixa das operadoras de saúde que atendem exclusivamente servidores públicos e seus dependentes veem uso político da entidade. Há sinais de que desvios estejam sendo cometidos por meio de contratos superfaturados.
As investigações ainda não chegaram a nenhuma conclusão. Mas a ordem é punir eventuais responsáveis por irregularidades.
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117 dispositivos constitucionais serão regulamentados
Fonte: Rádio CBN
Comissão de deputados e senadores vai revisar os 117 dispositivos da Constituição Federal que não são colocados em prática porque ainda não foram regulamentados. A lei existe, mas não há uma definição de como ser aplicada. Entre elas, algumas importantes que tratam de saúde pública, como a lei que proíbe o consumo de cigarro em ambientes fechados. Ela está em vigor há dois anos, mas sua aplicação não foi definida. O mesmo acontece com a lei de direitos autorais.
Essas são algumas das leis que só existem no papel. Dos 117 itens que não são regulamentados, 76 já têm propostas regulamentadoras ainda paradas no Congresso Nacional.
Outro objetivo da comissão, segundo o deputado Miro Teixeira (PT-SP), é reunir todas as leis brasileiras em uma linguagem fácil para que o brasileiro tenha acesso. Todas as leis vão ficar em um portal.
O acesso do cidadão aos dados públicos está previsto na Constituição, a lei federal está aprovada e regulamentada, mas há um entendimento de que estados e municípios precisam regrar o acesso às suas informações. Das cidades, apenas 8% tem regulamentação. Dos estados, somente metade.
A falta de regulamentação incomoda até organismos internacionais. É o que acontece com o direito de greve do SERVIDOR PÚBLICO. Há uma convenção mundial que dá aos funcionários dos estados o direito de paralização dos serviços. Cada país precisa regulamentar suas regras, de modo até que essas greves não prejudiquem a população.
O Brasil já foi cobrado diversas vezes pela Organização Internacional do Trabalho, mas até hoje não regulamentou a norma. Até alguns direitos fundamentais só existem no papel. O da liberdade de crença religiosa é um exemplo.
De todas as leis sem regulamentação no Brasil, 41 não têm nem propostas para serem regulamentadas.
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SEGURIDADE SOCIAL
Quem pagará a desoneração da folha?
Fonte: Blog do Luis Nassif
O sonho de todo Ministro da Fazenda é o poder apenas distribuir bondades. Reduz as críticas, torna-se popular nos setores beneficiados. Acontece que, repetindo um velho jargão, na economia não existe almoço de graça.
Ontem a Fazenda anunciou a desoneração da folha de salários em mais 14 setores – entre eles, o da imprensa.
Para os setores, é boa medida. No caso das empresas jornalísticas, nos últimos meses o Ministério do Trabalho deu início a blitz que levaram muitas delas a demitir parte de seus jornalistas para fazer frente aos novos encargos.
A desoneração reduzirá o número de PJs (jornalistas que recebem como pessoa jurídica) e aumentará a formalização. Ótimo!
A grande questão é: quem paga?
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Sem gambiarras, como se resolveria a questão?
Quanto à mão de obra, as empresas se dividem em dois grupos: as intensivas em mão de obra e as intensivas em capital – aquelas empresas maiores, mecanizadas.
Uma reforma abrangente proporia a substituição da contribuição na folha por uma contribuição sobre o faturamento. Desoneraria as empresas intensivas em mão de obra e cobraria mais daquelas intensivas em capital.
Com essa abrangência, seria possível à Previdência estimar de quanto seria a alíquota sobre faturamento, para compensar a queda da arrecadação sobre a folha e fechar a conta.
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Mas a Fazenda optou por fazer apenas bondades, deixando as maldades para o futuro.
Analise-se cada setor beneficiado.
No caso das empresas jornalísticas, os jornalistas PJ não contribuíam para o INSS. Como, em geral, são os melhores remunerados, tinham condições de contribuir para planos de aposentadoria privados. Lá na frente, não onerariam o INSS com sua aposentadoria.
Agora, com a contribuição sobre o faturamento, as empresas jornalísticas formalizarão todos seus funcionários. A nova contribuição será insuficiente para garantir o equilíbrio daqueles que já estão no regime da CLT. A eles se agregarão todos os demais, que estavam no regime de PJ.
Lá na frente, todos eles terão direito a aposentadoria sem que as contribuições tenham sido suficientes.
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Tudo muito bom, se a Fazenda definisse claramente as fontes de compensação desse subsídio. Acontece que não define. Todo esse subsídio irá para a conta geral da Previdência, como ocorreu com as isenções para instituições beneficentes, clubes de futebol, micro empresas, aposentadoria rural eos benefícios continuados.
Atualmente, todas essas isenções e todos esses benefícios sociais continuam sendo contabilizados na conta da Previdência. De tal maneira que, nas diversas ocasiões em que aumentou o déficit da Previdência, o ajuste se deu sobre os demais aposentados – presentes e futuros – na forma de redução dos benefícios.
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Agora a situação torna-se mais confusa ainda, pois se estará jogando nas costas da Previdência uma multidão de celetistas cujas contribuições – em seu tempo de vida útil – não serão suficientes para cobrir o período de aposentadoria.
Os subsídios incidirão sobre a aposentadoria de celetistas, com todos os direitos.
Sem as desonerações, os próprios técnicos do INSS estimavam problemas sérios a médio prazo – 20, 30 anos. Como ficará o déficit com as desonerações?
Antes de prosseguir nessa escalada, o Ministro Guido Mantega deve explicações razoáveis sobre quem, afinal, pagará a conta.
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Mais de 28 mil vagas abertas em concursos públicos
Fonte: Correio Braziliense
08/04/2013 – Em todo o país, há oportunidades para quem sonha com a estabilidade do emprego público. Salários podem chegar a R$ 21,7 mil. Inscrições para a prova do Ministério Público da União, alvo de muitos concurseiros, terminam amanhã
Para alegria dos que buscam o conforto da estabilidade no emprego, 2013 começou repleto de boas chances. Existem 28.723 vagas abertas em concursos públicos efetivos e cadastros de reserva em todo o país, com salários e níveis de escolaridade variados. As remunerações vão de R$ 560,48, no certame da Prefeitura de Poços de Caldas (MG) para candidatos com ensino fundamental incompleto, a R$ 21,7 mil, na seleção para juiz do trabalho de São Paulo. A maioria das inscrições termina neste mês.
O concurso da vez é o do Ministério Público da União, com 147 vagas de níveis médio e superior abertas, além de cadastro de reserva, e salários de R$ 4.575,16 e R$ 7.506,55. As inscrições para esse certame, cuja aprovação é o sonho da maioria, seguem até amanhã, com taxas de R$ 55 e R$ 70. “Tem muita gente se preparando para o MPU, de todas as idades e de todas as regiões do país”, afirma a coordenadora do Tempo de Concurso, Tais Lira.
Dedicação e perseverança são fundamentais para quem almeja cargo público. A preparação começa antes mesmo do lançamento de editais. Causou alvoroço a autorização recente do governo para criação de 515 vagas para o Banco Central, com salários de R$ 4.917 a R$ 14.970. “Muita gente já estava de olho no BC”, conta a coordenadora do IMP Cursos, Ranil Aguiar. Outro certame já lançado que virou atração entre os concurseiros é o da Polícia Civil de Brasília, com previsão de 300 vagas imediatas e remuneração inicial de R$ 7,5 mil. Também aparecem na mira dos candidatos o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Superior Tribunal de Justiça (STJ), mesmo sem perspectiva de edital.
Especialistas recomendam que os iniciantes precisam, no primeiro momento, focar o aprendizado em disciplinas básicas e comuns à maioria das seleções, como direito constitucional, direito administrativo, língua portuguesa, raciocínio lógico e informática. Só depois, orientam os professores, devem mergulhar em conteúdos específicos. “Estar pronto requer um tempo de estudo de cerca de nove meses e investimento aproximado de R$ 7 mil”, calcula Ranil. Para ela, na hora de escolher um cursinho preparatório, o importante é não avaliar somente o preço, mas, sim, “a qualidade dos cursos e o respeito ao aluno”.
Interesse
O fato de não ficar à mercê de oscilações no mercado de trabalho, sobretudo em tempos de crise econômica, mantém em alta o interesse pela administração pública. Limitações impostas pela entrada em vigor da Fundação de Previdência dos Servidores Públicos (Funpresp), em fevereiro deste ano, causaram controvérsias entre os concursados, mas não tiraram o ânimo dos prováveis futuros colegas. Pelo novo sistema, os servidores públicos passarão a se aposentar com o teto do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), ou seja, R$ 4.159. Se quiserem manter o salário da ativa, terão de participar do Funpresp e desembolsar mais ao longo da carreira.
No entender do professor José Wilson Granjeiro, presidente do Gran Cursos, não há motivo para preocupação, uma vez que as demais regras que sempre beneficiaram o SERVIDOR PÚBLICO permaneceram inalteradas. A diferença, pondera, é que o concurseiro precisará estudar muito bem a Lei nº 12.618, de 30 de abril de 2012, que criou a Funpresp. Para Granjeiro, a legislação “é curta e grossa, com apenas 22 artigos, e cabe muito bem em qualquer canto da memória”. “Estudem, decorem, tenham cada artigo na ponta da língua. Se souberem as respostas, serão beneficiários da Funpresp”, defende.
Dedicação on-line
A instituição dedica-se exclusivamente a cursos on-line, que aproveita o avanço da tecnologia para ajudar principalmente os mais velhos a passarem em concursos. “Eles optam por essa modalidade, porque geralmente têm pouco tempo para estudar e horários oscilantes. Como podem assistir a cada videoaula até três vezes seguidas e recuperar o material de períodos anteriores, eles se sentem confortáveis e resolvem superar o medo”, comenta a coordenadora, Tais Lira.
Clique aqui e leia a íntegra.