Trabalhadores do MTE dizem não ao SUT e lutarão pelo fortalecimento do Ministério do Trabalho
Último dia de evento foi realizado na Fenasps, com a aprovação das resoluções (clique para ampliar)
Mais de 90 trabalhadores(as) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), representando 23 estados (AC, AL, AP, BA, CE, DF, ES, GO, MA ,MG, MS, MT, PA, PB, PE, PI, PR, RN, RR, RS, SC, SE, SP) que participaram do Seminário sobre Sistema Único do Trabalho (SUT), realizado de 8 a 10 de agosto em Brasília, disseram não à proposta apresentada pelo ministro do Trabalho.
O seminário sobre SUT foi maior evento dos trabalhadores do MTE desde a greve de 2010, que durou mais de seis meses.
Na verdade, a proposta do MTE, com a criação do sistema único, consiste em transferir os serviços prestados pelo ministério para estados e municípios, a exemplo do ocorre hoje no Sistema Único de Saúde (SUS).
É um projeto de reforma de Estado que o governo Dilma Rousseff quer implementar em todas as esferas do Serviço Público e que começou com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), transferindo os hospitais universitários para esta organização social.
Esta política segue a mesma linha na ANVISA, onde o governo pretende transferir a Vigilância Sanitária dos Aeroportos de Congonhas (SP), Santa Genoveva (GO), Cuiabá (MT), Campo Grande (MS) e outras capitais para os estados e municípios.
É uma forma de transferir as responsabilidades da União para que os governos dos estados e municípios possam fazer convênios com ONGs, Organizações Sociais e fundações, utilizando dinheiro público, sem a obrigação de prestar contas nem realizar concursos públicos.
Nos bastidores, na mira do governo estão, além do MTE, os serviços do INSS. Ou seja, o PT quer fazer na marra aquilo que os governos tucanos não conseguiram.
Confira aqui o relatório completo dos debates.
Ministro do Trabalho e representantes da entidades nacionais ouvem a participação da Fenasps na abertura do Seminário (clique para ampliar)
Ministro do Trabalho sofre grande pressão na abertura do Seminário
Os trabalhadores fizeram grande pressão sobre o ministro do Trabalho, Manoel Dias, na abertura do Seminário, na sexta-feira, 8 de agosto, cobrando melhores condições de trabalho, realização de concurso público, reajuste salarial e Plano de Carreira.