Ex-senador Luiz Estevão é acusado de sonegação previdenciária
STJ mantém condenação de Luiz Estevão por desvio em fórum trabalhista
A suposta sonegação, segundo a Procuradoria, aconteceu depois, entre 2001 e 2003. Empresa do ex-parlamentar, a OK Automóveis causou prejuízo de R$ 245 mil à União ao deixar de recolher contribuições devidas.
Omitiu da Receita Federal, por exemplo, dados como remunerações pagas a trabalhadores autônomos, adicionais por aposentadoria especial e abonos salariais.
Estevão também é acusado de fraudar a folha de pagamento. De acordo com a Procuradoria, três trabalhadores da OK Automóveis foram excluídos do registro oficial, mas continuaram no quadro de funcionários entre, pelo menos, julho de 2001 e dezembro de 2003.
A manobra permitiu que a empresa não quitasse dívidas com a seguridade social, segundo a acusação. A pena para o crime, a ser julgado na 10ª Vara da Justiça Federal do DF, varia de dois a cinco anos de prisão, além de uma multa.
CONDENAÇÃO ANTERIOR
A trajetória de Estevão se cruza à do juiz Nicolau dos Santos Neto, presidente do TRT paulista à época. O magistrado teria recebido cerca de R$ 1 milhão para beneficiar e autorizar pagamentos irregulares à construtora do fórum.
Em novembro, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) manteve decisão que condenou Estevão a 31 anos de reclusão. O ex-senador (pelo PMDB do DF) é condenado pelos crimes de peculato, estelionato, corrupção ativa, uso de documento falso e formação de quadrilha ou bando.
Orçada em $ 232 milhões, a obra consumiu apenas R$ 62,4 milhões –o desvio foi de R$ 169,4 milhões.
Brasília-DF, 21 de dezembro de 2010