Servidores e população são vítimas do descaso do governo
O que aconteceu hoje, dia 23 de fevereiro, na Agência da Palhoça é o espelho do que ocorre diariamente em todas as Agências do INSS do país. Há muitos anos, os servidores e o Sindprevs/SC estão alertando o governo e a administração do INSS sobre as precárias condições de trabalho nas Agências da Previdência Social (APSs). Os segurados são tão vítimas quanto os servidores, esperam meses para conseguir a realização da perícia médica, ficam a mercê da desestrutura administrativa sem ter como sobreviver, sem pagamento, ou sequer um resultado
rápido que lhes permita encaminhar um recurso.
Por outro lado, os servidores ficam totalmente expostos a reação da população, como a que ocorreu hoje, numa Agência onde faltam servidores, faltam condições de trabalho, falta segurança e a jornada de 8 horas torna tudo isso ainda mais pesado e doentio.
Em meio a essas denúncias ao problema da manutenção da alta programada, o INSS simplesmente repassou para os servidores administrativos o risco da entrega dos resultados da perícia. Como os médicos se mobilizaram, devido a pressão a que estavam expostos, o INSS simplesmente passou a “batata quente” para os servidores administrativos. Não seria o mesmo que pedir aos médicos peritos que entregassem os resultados dos processos de aposentadoria?
Diante disso, o Sindprevs/SC conclama a população a apoiar a luta dos servidores em defesa:
• da contratação de mais servidores públicos;
• do retorno da jornada de 6 horas;
• de que o resultado da perícia médica não seja entregue pelo servidor administrativo; e
• do fim da alta programada.
O Sindicato já cobrou uma posição da Administração sobre o ocorrido e estará amanhã na APS de palhoça para dar apoio aos servidores.
Fonte: SINDPREVS/SC
Brasília, 24 de fevereiro de 2011
Mulher que quebrou agência do INSS em Palhoça explica o acesso de raiva
Cozinheira simplesmente começou a jogar tudo o que via no chão Completamente transtornada Rosecleide Gomes, 31 anos, quebrou máquinas e computadores na agência do INSS em Palhoça, na Grande Florianópolis, nesta quarta-feira. A cozinheira, que está afastada do emprego por estresse, conta o motivo que a levou ao ataque.
Rosecleide permaneceu calma enquanto aguardava e quando foi atendida, só perdeu o controle ao ser informada de que não receberia o benefício. Quem estava na fila se assustou com a reação, pois não houve discussão nem gritaria, a mulher simplesmente começou a jogar o que estava sobre as mesas no chão.
Seguranças da agência não conseguiram contê-la e a Polícia Militar precisou ser chamada. Como o quebra-quebra foi no Instituto Nacional de Seguridade Social ela foi encaminhada para a Polícia Federal.
A confusão foi por volta das 9h e apenas quem estava com consulta marcada foi atendido, demais serviços foram remarcados ou transferidos para outras agências. Segundo a gerência executiva do INSS na Grande Florianópolis foram danificados oito monitores, cinco CPUs, uma impressora multifuncional e um dos guichês.