segunda-feira, 04/05/15

Servidores públicos federais dizem não ao ataque de direitos trabalhistas!

1

 

 

O Fórum Nacional das Entidades dos Servidores Públicos Federais (SPFs), neste 1º de Maio, Dia do Trabalhador, manifesta à sociedade brasileira indignação dos servidores públicos com as Medidas Provisórias editadas pelo governo e com os projetos que estão sendo aprovados no Congresso Nacional, que configuram maior retrocesso social de todos os tempos, promovendo um verdadeiros ataque aos direitos dos trabalhadores dos setores público e privado.

 

As Medidas Provisórias 664/2014 e 665/2014 afrontam a Constituição Federal e dificultam o acesso a direitos trabalhistas que foram criados para proteger os trabalhadores e seus familiares em momentos de fragilidade como o desemprego e a morte. Editadas no apagar das luzes do ano passado (2014), sem qualquer discussão com a sociedade ou com as representações dos trabalhadores, as MPs representam intensificação dos ataques aos direitos trabalhistas das atuais e futuras gerações de trabalhadores, pois milhões não terão mais a possibilidade de receber benefícios como o Seguro-Desemprego, Seguro-Defeso ou Abono Salarial. Os jovens serão os maiores prejudicados. Milhares de famílias estarão desamparadas, caso vinguem as novas regras para a concessão de Pensão por Morte.

 

As MPs estão sendo analisadas pelo Congresso Nacional, formado por deputados e senadores eleitos pelo voto popular, que têm o compromisso constitucional de aprovar leis que melhorem a vida dos brasileiros. A população tem que exigir deles que não aprovem estas medidas que prejudicam os trabalhadores, que retiram direitos, que pioram as condições de trabalho e de vida.

 

Parlamentares devem ter compromisso com o povo. Mas não é isso que está se verificando nas ações concretas do dia a dia da Câmara e do Senado. Os projetos que estão sendo votados e aprovados atendem somente os interesses dos empresários que têm financiado as campanhas eleitorais. Assim é com o projeto que permite a terceirização em todas as atividades das empresas e também no setor público, já aprovado pela Câmara dos Deputados e que agora será votado pelo Senado. Milhões de trabalhadores serão empurrados para uma situação de precarização das relações de trabalho, com salários rebaixados, longas jornadas sem direito a hora extra, alta rotatividade nos empregos, precariedade nas condições de segurança e saúde, aumento do número de acidentes e doenças do trabalho, e alto risco de não receberem seus direitos na hora da dispensa do trabalho.

Não há sequer um ponto positivo neste Projeto de Lei 4.330/2004, no qual os empresários poderão ter escolas sem professores diretamente contratados, hospitais sem médicos, bancos sem bancários, construtoras sem operários, empresas de transporte sem motoristas e sem pilotos.

 

Todos os trabalhadores poderão estar em regime de terceirização, contratados precariamente por empresas fornecedoras de mão de obra. É uma situação inaceitável, uma afronta ao Direito do Trabalho e aos Direitos Humanos, que transfere todos os riscos da atividade econômica para empresas intermediárias e para os trabalhadores. Os prejuízos poderão afetar fortemente a economia com a baixa do poder aquisitivo dos trabalhadores. Quem não tem dinheiro não compra: para onde irão os produtos da indústria, para quem serão prestados os serviços?

 

A terceirização também será permitida no setor público, escancarando as portas para a contratação sem concurso público contrariando a Constituição Federal, para o apadrinhamento e a falta de compromisso, reforçando a corrupção e para a bruta queda da qualidade dos serviços prestados à população. As entidades lutam pela qualidade dos serviços públicos e recomposição dos quadros das carreiras, extremamente desfalcados, e esta medida pode colocar todo um trabalho de décadas por terra.

 

Assim é com a outra ameaça ao setor público, como é a recente decisão do Supremo Tribunal Federal que permite a contratação de Organizações Sociais, sem licitação, para prestação de serviços públicos não exclusivos, ou seja, que podem também serem prestados por particulares em parceria com o poder público, como saúde, educação e pesquisa. É mais uma porta aberta para ilegalidades e imoralidades, para desvio de recursos e corrupção.

 

Os servidores públicos não vão aceitar estas propostas indecentes, não vão deixar que seus direitos conquistados com muita luta sejam extintos. Por isso, esse manifesto é um chamado à todos os trabalhadores do Brasil a estarem juntos nesta luta pela derrubada de projetos que prejudicam toda a sociedade e promovem retrocesso sobre direitos trabalhistas e sociais.

 

VOCÊ TAMBÉM, DIGA NÃO AO ATAQUE AOS DIREITOS DOS TRABALHADORES! FÓRUM NACIONAL DAS ENTIDADES DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS!

 

Confira aqui a íntegra do manifesto.

 

Últimas notícias

ver mais
segunda-feira, 08/09/25 Sindicatos da base da FENASPS participam do 31º Grito dos Excluídos em defesa da democracia e dos serviços públicos Neste 07 de setembro, enquanto os setores conservadores tentam sequestrar o sentido da data ...
sexta-feira, 05/09/25 EDITAL DAS ELEIÇÕES DO SINDICATO DOS TRABALHADORES EM SEGURIDADE SOCIAL, SAÚDE, PREVIDENCIA, TRABALHO E ASSISTÊNCIA SOCIAL EM MINAS GERAIS – SINTSPREV/MG – TRIÊNIO 2025/2028 A Comissão Eleitoral do Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social, Saúde, Previdência, Trabalho e ...
quarta-feira, 03/09/25 Com a participação da FENASPS, servidores realizam protesto contra a Reforma Administrativa no Anexo II da Câmara Brasília, 3 de setembro de 2025 – Nesta quarta-feira, o presidente da Câmara dos ...


Convênios

ver mais

Tauá Resorts Clubes e Lazer Roças Novas . Caeté/MG (31) 3236-1900 | Whatsapp: (31) 99562-8391 www.tauaresorts.com.br 10%
Mais detalhes

Eliane de Souza Ferreira Psicologia Floramar . Belo Horizonte/MG (31) 98768-7845 / (31) 99146-1068
Mais detalhes

Estoril Hotel Hotéis Centro . Belo Horizonte (31) 3025-9322
Mais detalhes
Top