Fenasps realiza reunião com Sinttel-BA, sobre trabalhadores em greve do Call Center 135 da Previdência
Em apoio e solidariedade à greve dos trabalhadores que prestam serviço à empresa “TEL Centro de Contatos”, sediada em Salvador/BA e contratada pelo INSS para o serviço de Call Center 135, a diretora da FENASPS, Lídia de Jesus, realizou reunião com diretores do sindicato que representa a categoria (Sinttel-BA). Na oportunidade, os representantes do Sinttel-BA informaram à diretora da Federação que na última assembleia geral a categoria deliberou pela continuidade da greve e ressaltaram que a relação com a empresa TEL é a pior possível.
A TEL tem pontos nas cidades baianas de Salvador, Lauro de Freitas, Feira de Santana, Itabuna, Madre de Deus e atua nos demais estados (Tocantins, Distrito Federal e São Paulo), possuindo 12.000 colaboradores (como a empresa denomina os trabalhadores). Dentre seus clientes estão Claro, Net, Previdência Social (INSS), Caixa Econômica, Air France, Continental, Planserv (plano de saúde no estado da Bahia), Anvisa, Sky e Rihappy brinquedos.
Também, a TEL tem planos de expansão e crescimento para dobrar o número de “colaboradores” e clientes. Em Salvador, a empresa tem o nome de fantasia de “Tel Telemática”. Ainda de acordo com os informes da direção do Sinttel, a empresa trata os trabalhadores em regime de escravidão.
A política de gestão é igual em todas as empresas que atua: a regra geral é desrespeitar a Norma Regulamentadora (NR) 17 em sua íntegra. Esta empresa persegue os trabalhadores em todos os níveis, chegando ao ponto de forçar os trabalhadores à demissão. A TEL responde por várias denúncias no Ministério Público do Trabalho (MPT) de Feira de Santana e em Salvador e também no Ministério do Trabalho (MTE).
O sistema de trabalho é com Tempo Médio de Espera (TMEA), semelhante ao INSS. As empresas recebem por hora logada (hora disponível para atendimento ao cidadão): quanto mais o sistema cai melhor para ela. A TEL tem tradição de na concorrência apresentar os orçamentos menores para ganhar contratos.
A proposta que a empresa quer impor aos trabalhadores é de redução de salário, abaixo do salário mínimo e aumento da carga horária. Mesmo com a solicitação da Justiça para que trabalhem com 50% dos trabalhadores, a categoria deliberou, em assembleia geral, pela continuidade da greve.
A FENASPS fará denúncia cobrando MPT e MTE e já requereu cópia dos contratos junto ao INSS para exigir a fiscalização destes contratos.
Todo apoio aos trabalhadores da Tel em greve!
A luta vai continuar até a vitória dos trabalhadores!
BAIXE AQUI este informativo para seu computador.
VEJA TAMBÉM o acordo coletivo assinado pelos trabalhadores, intermediado pelo sindicato, e a empresa.