Em dia de luta em defesa do funcionalismo, Fenasps e entidades fazem ato contra demissões arbitrárias
Servidores(as) de todo o país foram as ruas, com todas as precauções diante da Covid-19, em repúdio às falas desrespeitosas do ministro Guedes contra o funcionalismo público (arte: CSP/Conlutas)
Servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), do Ministério da Saúde, Funasa e da Previdência Social, a maioria atuando no atendimento à população contra a pandemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19) fizeram diversos atos nesta quarta-feira, 27 de maio, data apontada pelas centrais sindicais e pelo Fonasefe como um Dia de Luta em defesa do funcionalismo público.
Fenasps marca presença no ato dessa quarta, 27! (clique para ampliar)
Em Brasília (foto acima), o ato foi realizado na manhã desta quarta, 27, em frente à sede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Diante da crise sanitária pela Covid-19, o número de manifestantes foi reduzido, e apenas 50 pessoas participaram, para evitar aglomeração. A principal motivação do ato foi a ameaça de demissões de funcionários(as), durante a pandemia, que possuem mais de 10 anos de serviços prestados, para serem substituídos por pessoas com indicação política. Confira abaixo um vídeo da manifestação de Brasília.
Em ofício ao Ministério da Saúde (MS) protocolado na última sexta, 21, que resultou em uma denúncia protocolada no Ministério Público do Trabalho (MPT), a FENASPS salienta da denúncia recebida pela federação de que temporários do MS, nos Hospitais Federais do Rio de Janeiro, serão dispensados após o dia 30 de maio de 2020, para dar lugar a pessoas apoiadas por indicações políticas. NO ofício, a Fenasps destacou que os demitidos(as) são trabalhadores(as) treinados(as), com vasta experiência e anos de dedicação nos hospitais federais.
Ainda no ofício, a Fenasps argumentou que as justificativas para a dispensa vão desde o fato de terem contraído Covid-19, terem ficado doentes mesmo com apresentação de atestados médicos, entrado em licença-maternidade e afastamento por comorbidades como determina o próprio protocolo do MS, alegação de baixa produtividade no atendimento com a premissa do tempo reduzido, pelo fato de residirem fora do município do Rio de Janeiro, e até por terem reclamado por falta de EPIs.
A federação ressalta que demissões pelos motivos declarados são arbitrárias por si só, agravadas pelo fato de o país atravessar uma pandemia com proporções humanitárias catastróficas, colocando em risco o atendimento a doentes e vítimas do Covid-19.
Além de Brasília, também ocorreram atos em outros locais do país. Veja mais fotos abaixo:
Fotos acima são de ato realizado no Rio de Janeiro, local que sedia os hospitais federais onde trabalham os temporários que serão demitidos após o dia 30 de maio (clique para ampliar)
Em São Luís, capital maranhense, o ato ocorreu em frente à sede estadual do Ministério da Economia (clique para ampliar)
Em Cuiabá (MT), o protesto foi em frente ao Hospital Universitário Julio Müller, gerenciado pela Ebserh (clique ampliar)
Já no Amapá, como não houve ato devido à imposição do lockdown, foi colocado um outdoor em um ponto estratégico (clique para ampliar)
Deixar trabalhadores(as), com anos de dedicação aos hospitais, sem o seu sustento é cruel e desumano!
A VIDA ACIMA DOS LUCROS!
*Com informações do Blog do Servidor/Correio Braziliense.