Trabalhadores da SRTE mantêm mobilização em defesa da Carreira
Diante da necessidade da presença das duas entidades representativas dos trabalhadores, marcou-se uma nova reunião para amanhã (23/10), quando será definida a adesão ou não à greve nacional.
Belo Horizonte, 22 de outubro de 2009
Diretoria Colegiada SINTSPREV-MG
Acontece nesta sexta-feira (16/10) nova paralisação de 24 horas dos trabalhadores da SRTE. A paralisação é nacional e pretende pressionar o governo pela criação de uma carreira mais digna para os servidores do Trabalho e pelo estabelecimento de uma tabela remuneratória mais justa para a categoria. Além disso, os trabalhadores exigem melhores condições de trabalho e atendimento à população, tendo em vista que hoje a maioria das SRTEs, Gerências e Agências funciona em condições precárias, com infra-estrutura inadequada (falta de banheiros, bebedouros, fechaduras nas portas, etc.), além da ausência de material essencial para o trabalho, como canetas, formulários e computadores – o que compromete absolutamente o bom atendimento ao usuário.
Com realização de ato público em frente à DRT, em Belo Horizonte, os trabalhadores denunciaram esta manhã os maiores problemas enfrentados pelas SRTEs em todo o país:
– Sobrecarga de trabalho, uma vez que o número de servidores é insuficiente para atender à grande demanda da sociedade por serviços prestados pelas DRTs;
– Falta de segurança nos locais de trabalho: nas Superintendências Regionais do Trabalho (SRTEs) circulam empregadores e trabalhadores. Portanto, grandes somas em dinheiro, decorrentes das rescisões de contrato de trabalho. Os esquemas de segurança são precários, aumentando os riscos de roubos e assaltos;
– Algumas Superintendências estão mal localizadas (áreas desertas e perigosas), possuem instalações improvisadas, com manutenção precária e falta de infra-estrutura (banheiros adequados, bebedouros, etc.). Muitas das agências não funcionam em prédios próprios, gerando constrangimentos na época da renovação de contrato;
– Falta de equipamentos como aparelhos de fax e equipamentos de informática, que não recebem manutenção adequada ou não são repostos quando estragam. Além disso, o sistema informatizado é lento, o que muitas vezes gera atritos entre servidores e população;
– Mobiliário inadequado, sem manutenção e não atendendo a requisitos ergonômicos;
– Falta de material de consumo (formulários, canetas, etc.);
– Falta de treinamento e capacitação contínua dos servidores;
– Algumas Superintendências não possuem Internet, o que impossibilita consultas on-line de Seguro-desemprego;
– Algumas Superintendências não recebem o Diário Oficial da União;
– Há péssima circulação de informações dentro da Instituição;
– Servidores técnico-administrativos realizando atividades que são atribuições de fiscais (como homologações);
– Excesso de estagiários e trabalhadores terceirizados substituindo a mão-de-obra de servidores e realizando atividades que seriam atribuição exclusiva de servidores da Casa;
– Inexistência de Comissões de Saúde por local de trabalho e de outras ações de atenção à saúde dos trabalhadores da Instituição;
– É crescente entre os trabalhadores a insatisfação e falta de motivação com as condições de trabalho, bem como queixas de fadiga excessiva, irritabilidade, insegurança e stress.
Belo Horizonte, 16 de outubro de 2009