sexta-feira, 17/12/10

Os ricos são preparados para vida após a aposentadoria. Os pobres se preparam para não morrer antes


apo.jpgAproximadamente 18 milhões de brasileiros vivem com uma aposentadoria de salário mínimo, a maioria com mais de 60 anos de idade, sobrevivendo com extrema dificuldade, depois de uma vida inteira de trabalho e sofrimento.

Já para aqueles que enriqueceram à custa da exploração da classe trabalhadora, os altos executivos, os deputados que vivem com nababos as custas do dinheiro público e aqueles originados na corrupção, são os privilegidos, podem fazer viagens internacionais, curtir sua aposentadoria. E os trabalhadores ainda são vitimas de uma campanha sórdida, querendo aumentar a idade para se aposentarem, com base na expectativa de vida que aumentou, deveriam ter vergonha de praticar tanta mentira.

Confira matéria.

Empresas treinam executivos para a Aposentadoria


Para especialistas, debater o tema abertamente é uma arma poderosa na hora de formar sucessores em grandes companhias


Parece cena de filme: no dia da aposentadoria, em uma festa com colegas, o personagem principal sorri, mas esconde o medo do que virá. Uma pergunta fica no ar: após tantos anos na empresa, o que fazer com o tempo livre? É essa questão que consultorias ajudam executivos a responder pelo menos dois anos antes do último dia de trabalho. A conclusão é que existe vida inteligente depois da aposentadoria, incluindo novos rumos profissionais.

Segundo Caroline Pfeiffer Marinho, diretora da consultoria DBM, o objetivo dessas iniciativas é que o executivo reflita sobre o que conquistou nas últimas décadas e defina o que pretende fazer na nova fase. Geralmente, diz ela, a carreira continua, mas migra para atividades como consultoria, vida acadêmica e trabalho voluntário. "É uma forma de fazer a pessoa buscar alternativas com base na própria experiência. O importante é fazer escolhas livres e evitar ficar preso a possibilidades de alguma forma relacionadas à empresa."

Algumas companhias iniciam a preparação do funcionário para uma nova configuração profissional bem antes da hora da aposentadoria. Para formar sucessores com tranquilidade, a alemã Basf desenvolveu o programa Vida na Maturidade, direcionado a profissionais acima de 50 anos. "A ideia é mostrar que existe vida fora da Basf e de qualquer organização", diz Wagner Brunini, vice-presidente de RH da empresa. "Não queremos ensinar ninguém a vestir pijama, mas sim dar ferramentas de reflexão para uma fase pós-Basf."

Segundo Brunini, encarar o tema ajuda muito na formação dos sucessores, já que a equipe é toda envolvida no debate. "Eu só preparo alguém para me substituir com qualidade se estou bem comigo mesmo", afirma o executivo. A partir dos resultados obtidos nos últimos dois anos, Brunini quer estender a iniciativa para a América do Sul. "Embora a Basf tenha diversas práticas globais, não tenho notícia de projeto parecido em outro lugar. É algo que desenvolvemos localmente", explica.

Últimos dias. O vice-presidente da Basf para a América do Sul, Fernando Figueiredo, encerra amanhã 32 anos de atividade na companhia. No conglomerado alemão, já passou pelas áreas jurídica, de comunicação e foi diretor de RH. Há exatos dois anos, foi comunicado pela matriz alemã que teria de deixar a companhia. Não foi surpresa: há três décadas na Basf, ele sabia que os executivos de alto escalão são desligados ao completar 60 anos – Figueiredo teve mais de um
ano de "prorrogação".

Apesar de ter sido um dos capitães da ideia do programa de preparação para a aposentadoria na Basf, o executivo admite que "cabulou" as atividades individuais e em grupo. Criou seu próprio método de desligamento: ao longo de 2010, mergulhou em um programa de MBA da Federação Paulista de Futebol (FPF), com o objetivo de ajudar na empresa de marketing esportivo criada pelo filho. Palmeirense roxo, Figueiredo priorizou uma atividade que lhe desse prazer.

Graças ao plano de previdência angariado em 32 anos de Basf, o executivo agora pode se dar ao luxo de escolher uma nova atividade com calma. No curto prazo, a principal meta é aproveitar a vida. "Vou para Salvador no dia 25 e volto em 15 de janeiro", diz. Ele planeja uma grande viagem com a esposa ainda no primeiro semestre de 2011: "Ela gosta muito de tênis. Vamos assistir às rodadas finais de Roland Garros, visitar amigos pela Europa e pegar o início de Wimbledon."

16 de dezembro de 2010 | 0h 00
Fonte: Fernando Scheller – O Estado de S.Paulo

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