quinta-feira, 24/02/11

Supremo questiona legalidade do mínimo por decreto

senado-620_grande.jpgMinistros do Supremo Tribunal Federal (STF) preveem um "debate quente" na Corte se, de fato, a lei do salário mínimo autorizar a presidente Dilma Rousseff a reajustar anualmente o valor por meio de decreto, sem necessidade de passar por votação no Congresso. 
 

O PPS anunciou hoje que vai acionar o STF se o projeto for aprovado pelo Senado e a lei for sancionada pela presidente.

"A ordem natural das coisas é a aprovação pelo Congresso para ter-se lei no sentido formal e material", afirmou o ministro Marco Aurélio Mello. A Constituição Federal estabelece textualmente que o valor do salário mínimo será fixado em lei.

"Em tese, é um problema. Eu não conheço a situação concreta. Mas toda vez que a Constituição se refere a lei é no sentido formal e material. Ainda se pode imaginar uma medida provisória que tem força de lei, que passa depois de qualquer forma pelo Congresso. Agora essa transferência a um outro poder de um ato que é próprio do Legislativo cria um problema", disse Marco Aurélio.

Outros dois ministros do STF consultados pela reportagem concordam que poderia haver problema na delegação de poderes à presidente para reajustar o salário mínimo por meio de decreto. Segundo eles, a Constituição Federal não admite, em tese, essa transferência de atribuição do Legislativo para o Executivo.

No entanto, um outro ministro do Supremo afirmou que em princípio não há problemas. "Na legislação orçamentária, a lei permite que o Executivo remaneje x, y, z por decreto", disse o integrante do Supremo.

O PPS anunciou hoje que se a lei entrar em vigor o partido vai protocolar uma ação direta de inconstitucionalidade no STF para impedir que o aumento do salário mínimo seja definido por meio de decreto até 2015, conforme aprovou a Câmara. O partido sustenta que o Congresso e a sociedade devem debater anualmente qual deve ser o valor do reajuste.

De acordo com o presidente do PPS, Roberto Freire, o governo "de forma inadmissível, usurpa dos legítimos representantes do povo brasileiro o direito de discutir e decidir sobre os valores adequados para o reajuste e aumento do piso dos trabalhadores".

No ano passado, o próprio STF mandou um projeto polêmico para o Congresso. Para conseguir reajustar os salários dos ministros, o Supremo tem de mandar projetos de lei para aprovação do Legislativo. Mas na proposta de 2010 o tribunal sugeriu uma espécie de gatilho salarial. No projeto foi incluído um dispositivo segundo o qual a partir de 2012 o reajuste seria feito por um ato administrativo com base na variação do IPCA.

Fonte: AGÊNCIA ESTADO
Brasília, 18 de fevereiro de 2011.

Últimas notícias

ver mais
segunda-feira, 05/05/25 Fenasps participa da marcha nacional da classe trabalhadora 29/4 Representantes da FENASPS de diversos Estados junto com entidades do FONASEFE, Centrais Sindicais e ...
terça-feira, 29/04/25 Conferência livre com o tema: “As novas relações de trabalho e a saúde do trabalhador e da trabalhadora” acontecerá nessa quarta-feira, (30/04) A Fenasps, em parceria com a Condsef e a CNTSS, realiza uma Conferência no dia ...
quinta-feira, 24/04/25 Participe da mobilização em defesa dos direitos da classe trabalhadora! No dia 29 de abril, às 8h, estaremos reunidos em Brasília, no estacionamento do ...


Convênios

ver mais

Ótica Firenze Ótica Santa Efigênia . Belo Horizonte - CEP 30150-240 (31) 3241-1183
Mais detalhes

Grupo Motor Home Automotivos Mangabeiras . Belo Horizonte - CEP 30315-382 Assistência 24h 0800 800 4600 / Matriz 31 2533 1700 / WhatsApp 31 3786 4600 / (31) 2515-4713 www.grupomotorhome.com.br
Mais detalhes

Hotel Turista Hotéis Centro . Belo Horizonte (31) 3273-7282
Mais detalhes
Top