Médicos suspendem atendimento aos planos de saúde por um dia
• Classificação Brasileira Hierárquica de Procedimentos Médicos, sexta edição, como referencial mínimo;
• Contratualização e data base;
• Legislação reguladora;
Atualmente, os planos de saúde interferem diretamente no trabalho do médico: criam obstáculos para a solicitação de exames e internações, fazem pressão para a redução de procedimentos, a antecipação de altas e a transferência de pacientes.
Segundo o presidente do Simeam, no Amazonas, cerca de mil e quinhentos médicos atuam no setor, com grandes dificuldades para manter seus consultórios, que têm custos altos e pouco retorno.
Em Manaus, a concentração do movimento terá início às 14h, no Hospital Beneficente Português, localizado na rua Joaquim Nabuco, 1359, Centro. E nesta quarta-feira (6) a Câmara Municipal de Manaus irá realizar uma Tribuna Popular para discutir os baixos honorários praticados pelos planos de saúde. "Nossa preocupação também é com aqueles que pagam pelos convênios”, declarou o presidente da CMM, Dr. Isaac Tayah.
A Tribuna Popular que irá discutir o valor dos honorários médicos praticado pelos planos de saúde acontece na quarta-feira (6), a partir das 9h, no auditório da Câmara Municipal de Manaus, localizada na rua Padre Agostinho Caballero Martin, 850, bairro São Raimundo, zona oeste de Manaus.
O presidente do Sindicato dos Médicos do Amazonas (Simeam), Dr. Mario Vianna, protocolou nesta terça-feira (5), no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) uma ação de desequilíbrio econômico financeiro coletiva, contra o plano Saúde Bradesco e a União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas), que engloba vários planos, como a Geap, a Cassi, Petrobrás e outros.
De acordo com o presidente do Simeam, essa ação em favor dos médicos, tem como objetivo demonstrar que os planos de saúde, de uma forma geral, vêm enriquecendo, e os profissionais são mal remunerados. “Temos a informação de que, em 2003, os planos de saúde no Brasil faturavam R$ 28 bilhões. Seis anos depois, em 2009, esse faturamento aumentou para R$ 64,2 bilhões, ou seja, um crescimento de 129%”, afirmou.
Ainda segundo o Dr. Mario Vianna, de 2000 a 2010, o reajuste das mensalidades dos planos foi de 139,2%, enquanto a inflação no mesmo período, foi de 112%. “Houve um aumento acima da inflação, favorável aos planos e às operadoras, enquanto o reajuste no valor da consulta do médico passou de R$ 28 para R$ 44, um aumento de apenas 40%. Logo, os planos de saúde estão faturando muito e os médicos e usuários estão sendo cada vez mais prejudicados”, reclamou.
Fonte: Amazonas Notícias – Destaques
06 de abril de 2011