sexta-feira, 27/08/21

ESTE 7 DE SETEMBRO SERÁ DE LUTA CONTRA A PEC 32 E POR ‘FORA BOLSONARO’

Somente com mobilização haverá a possibilidade de derrotar o projeto de destruição do Serviço Público. Procure o seu sindicato e saiba a programação na sua cidade! (clique para ampliar)

Trabalhadores de todo o país devem ir às ruas neste dia 7 de Setembro! Depois de quatro datas de manifestações pedindo o ‘Fora Bolsonaro’ – 29 de maio19 de junhodias 3 e 24 de julho – centrais e entidades sindicais, além de movimentos sociais e partidos de oposição, vão unir protestos pelo impeachment ao tradicional ato do “Grito dos Excluídos”, que está em sua 27ª edição.

Desde 1995, o “Grito”, organizado nacionalmente por movimentos sociais, é um contraponto às manifestações “cívicas” que marcam o 7 de Setembro. Neste ano de 2021, novamente o ato será realizado em protesto às vozes de brasileiros que foram “abafadas” pela política negacionista do governo federal.

Com o lema a “vida deve estar em primeiro lugar”, o ato marca o chamado ‘Dia da Independência’ com uma grande manifestação contra o Governo Bolsonaro, responsável direto pelas mais de 576 mil vítimas fatais da Covid-19, e as dezenas de milhões de contaminados pelo vírus, que ainda tiveram suas conquistas sociais dizimadas.

Vacina, pão, direitos

Além de pedir o ‘Fora Bolsonaro’, os trabalhadores(as) de todo o país estarão nas ruas para reivindicar vacina para todos, auxílio emergencial de no mínimo R$600, e revogação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 32, que pode destruir o Serviço Público no país.

A PEC 32 é danosa para todos: os trabalhadores(as) do funcionalismo público e a população em geral, que precisa desses serviços. Caso aprovada, a PEC 32 vai transformar instituições públicos em balcões de negócio, estimulando a corrupção – com as ‘rachadinhas’ comuns em cargos de confiança.

Além disso, a proposta vai abrir as portas do Serviço Público para a terceirização e privatização. Isso significa que o postinho de saúde, a escola de ensino fundamental e médio, a agência do INSS serão geridos por empresas privadas. Imagina ter que pagar para usar esses serviços? Diga não à PEC 32!

Gritos pelo país

O ato do ‘Grito dos Excluídos’ em São Paulo/SP, que por sucessivas edições ocorreu na Avenida Paulista, foi transferido para o Vale do Anhangabaú, na região central da capital paulista, por ordem do governador do Estado, João Dória.

Ainda não satisfeito, entretanto, Dória quer impedir a realização do protesto neste dia, que até a manhã desta sexta, 27, estava confirmado pelos movimentos populares, sindical e pela Campanha Nacional “Fora Bolsonaro” para a partir das 14h do dia 7.

Em razão da pandemia, todos os atos que comporão o Grito dos Excluídos deste ano seguirão os protocolos sanitários de distanciamento, uso de máscaras, de preferência PFF2, e álcool em gel.

Em Minas Gerais, até o momento, está confirmado o Grito dos Excluídos na Basílica do Senhor Bom Jesus em Congonhas, às 8h30. Em Manaus, a manifestação terá concentração no Largo Mestre Chico, na região central, às 17h. Veja mais informações aqui.

Caso não possa sair de casa, a organização do ‘Fora Bolsonaro’ sugeriu que panelaços ocorram às 11h, 16h e 19h no próximo dia 7. Prepare sua panela e movimente sua vizinhança!

‘Marco temporal’

Contra o racismo, a deputada federal Joenia Wapichana participou da apresentação da 27ª Edição do Grito dos Excluídos, destacando as vozes seculares de resistência dos povos indígenas. Na luta em defesa da Constituição, ao menos 173 povos estão hoje na linha de frente para derrubar a tese do “marco temporal”.

Essa interpretação, defendida por ruralistas, pode alterar brutalmente as regras para a demarcação de terras indígenas e abrir os territórios para exploração mineral e agrícola, colocando ainda mais em risco a sobrevivência dos povos originários e com ainda mais desmatamento dos biomas nativos.

Por conta de toda essa união de lutas, a deputada garante que o próximo 7 de Setembro será a grande oportunidade de se ouvir “as vozes que são invisibilizadas e clamam pela participação, inclusão e o exercício dos direitos sociais. Os povos indígenas não estão falando mais do que já está assegurado em nossa Constituição”, lembra Joenia Wapichana.

O julgamento do marco temporal, realizado pelos ministros do Supremo Tribunal Federal, foi interrompido nessa quinta-feira, 26, e será retomado na próxima quarta, 1º de setembro.

Na Praça dos Três Poderes, diante da sede do STF, uma multidão homens, mulheres e crianças de mais de 100 povos indígenas espalhados pelo Brasil aguarda o resultado do julgamento. Vale ressaltar que os indígenas estão acampados em Brasília há pelo menos duas semanas.


*Com informações do Brasil de Fato.FacebookTwitterWhatsAppTelegram

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