Na crise, servidor não terá reajuste
No meio das discussões, o ministro da fazenda, Guido Mantega disse que estamos atravessando período turbulento na economia mundial e que por isso não há como ceder às pressões do funcionalismo e que, neste momento, o governo deve “fechar o caixa”, não só para o funcionalismo, para todos os gastos desnecessários. Contra essa opinião estão os sindicalistas que apontam a liberação de verbas orçamentárias para parlamentares da base aliada como razão para que também sejam contemplados.
A defasagem dos servidores já está em 14,8%, índice contestado pelo governo que alega ainda estar pagando aos reajustes previstos nos acordos firmados em 2009 e 2010. Muitos deputados do PT demonstram preocupação com uma possível greve geral e citam o exemplo de atos de protesto no Chile e da Inglaterra. Esta discussão está sendo feita na Casa Civil, no Planejamento e nas Relações Institucionais. Muito próximo de Dilma, o ministro Gilberto Carvalho já afirmou ser impossível atender as exigências do funcionalismo, mas que o governo seguirá negociando.Há quem diga que o governo quer ganhar tempo e enrolar cada vez mais os servidores. Será? Na segunda, dia 15, vamos saber avaliar melhores esta questão.
Aqui no Brasil parece que a sociedade está voltando de uma catarse e já se revolta com a corrupção desenfreada que tomou conta de ministérios e estatais. Não se pode dar margem para Dilma virar refém de nenhum partido, seja ele grande ou pequeno, que vê seus interesses escusos serem freados pela polícia e justiça. Quem rouba verbas públicas rouba a educação, a saúde, a previdência, a segurança e o povo. Os corruptos e líderes dos corruptos se valem de todos os artifícios possíveis para fugir das punições. O chamado Estado Democrático de Direito só beneficia os ladrões? Isso deveria ser melhor explorado pelos servidores, daria demonstração de que não é só o próprio umbigo o mote das reivindicações.
*Fonte: Vera Ritter – INFO DF
Brasília-DF, 11 de agosto de 2011