FENASPS denuncia diretor do INSS à corregedoria da autarquia, à Comissão de Ética do Planalto e ao ministério da Previdência
Após o diretor de Governança, Planejamento e Inovação (Digov) do INSS, Ismênio Bezerra, ter proferido uma frase infeliz e assediosa contra os servidores e servidoras do INSS – afirmando categoricamente que “quem está com depressão é porque não quer trabalhar” – a FENASPS denunciou a fala às instâncias incumbidas de fazer as análises e garantir a adoção das providências necessárias.
Nessa segunda-feira, 27 de janeiro, a FENASPS protocolou denúncias com a descrição da fala do diretor do instituto, solicitando a averiguação da conduta e a adoção das providência cabíveis à Comissão de Ética (CE) e à corregedoria-geral do INSS, à Comissão de Ética Pública (CEP), vinculada ao setor de Governança do Planalto, e ao ministro da Previdência Social, Carlos Lupi.
Nos ofícios, a FENASPS destacou que o episódio ainda possui um agravante, já que o próprio INSS se inclui na campanha do “Janeiro Branco“, criada para conscientização da importância dos cuidados relativos à saúde mental. Enquanto isso, um membro da Direção Central da autarquia, sem qualquer pudor ou empatia, desqualifica os(as) trabalhadores(as) da Carreira do Seguro Social.
São trabalhadores e trabalhadoras que, apesar de todos os problemas estruturais amplamente conhecidos, têm se dedicado diuturnamente em prestar atendimento à população que depende do INSS para sobreviver. A opinião emitida pelo senhor Ismênio é um grave ataque à honra, à dignidade e macula a imagem do próprio INSS perante a sociedade e a opinião pública, expondo negativamente os colegas de trabalho e desqualificando os servidores do Instituto. Confira abaixo os ofícios:
“Frase fora de contexto”
O portal Metrópoles publicou uma matéria na tarde desta quinta-feira, 30 de janeiro, frisando que os servidores do INSS repudiaram a fala do diretor Ismênio Bezerra. Procurado pela reportagem do portal, o diretor da Digov/INSS afirmou que as falas foram “retiradas de contexto” em virtude de uma reunião híbrida da qual participou apenas do final.
Isto é, o diretor do INSS não negou ter proferido a frase, somente afirmando que ela foi registrada fora de seu contexto. Portanto, o próprio diretor acabou admitindo tê-la falado, e apenas tomou uma postura defensiva quando questionado.
A FENASPS seguirá cobrando das instâncias responsáveis a punição do diretor do INSS e, como sempre fez em 40 anos de luta, continuará mobilizada em defesa dos servidores do Seguro Social (INSS), Seguridade Social (PST) e Anvisa.
Seguiremos juntos(as)!