Governo tenta evitar manifestações de servidores
Para ajudar na luta do governo contra as manifestações, que poderão se transformar em greves isoladas ou até geral, o governo acionou a AGU que através de seu titular já obteve vitória parcial contra os grevistas das universidades ao obter respaldo do STJ para que se mantenham 60% dos postos ocupados sob pena de multa diária à Fasubra no valor de 100 mil reais. Luiz Adams ainda não desistiu de ocupar uma vaga no Supremo e terá nova chance agora com a aposentadoria da ministra Ellen Gracie e quer demonstrar sua força ao criminalizar qualquer greve que venha a ocorrer no setor federal.
O governo tentará negociar com cada setor ainda nesta semana para inviabilizar as manifestações, mas admite ser difícil atender tantas reivindicações e alega não ter verba orçamentária e ainda utiliza a crise econômica mundial como desculpa, esquecendo-se de dizer que para a base aliada as verbas são polpudas e contínuas. Embora a CUT diga que apóia estas manifestações, sua direção tem se mostrado incomodada com tantas manifestações de protesto ao governo até por entidades sindicais filiadas à central.
No planejamento, a ordem é intensificar as negociações setoriais com um mínimo de atendimento reivindicatório, apenas para acalmar os ânimos, mas isso parece que não vai colar, uma vez que sistematicamente o governo vem enrolando as entidades sindicais, que alegam estarem preparadas para iniciar uma série de paralisações pontuais ao mesmo tempo em que articulam uma greve geral para o início de setembro. Dilma tem pouco tempo para retomar o ―agrado à base aliada‖ antes de enfrentar os protestos dos servidores.
*Fonte: Evandro Boeira, Vera Ritter – INFO DF
Brasília-DF, 9 de agosto de 2011